Fig.1 - Fusão da membrana do óvulo e do espermatozoide |
Quarta - feira, 16 de Outubro
Introdução - Fecundação in Vitro
A Fecundação In Vitro (FIV) é uma técnica de reprodução medicamente assistida, que permite a mulheres e homens que sofrem de infertilidade ter filhos. Esta é uma opção de tratamento que consiste na união do óvulo com um espermatozóide.Esta técnica é recomendada a casos em que tratamentos anteriores como a inseminação artificial não surtiram efeito. Como tal, esta é uma solução que permite a introdução de embriões no interior do útero, sendo que estes foram manipulados e criados em meio laboratorial. O reduzido número de espermatozoides, baixa mobilização destes ou a vasectomia, são causas de infertilidade no homem, que o levam a procurar este tipo de soluções. Já, com a mulher o bloqueio das trompas de falópio, a idade materna avançada, a reduzida reserva ovariana, a endometriose são também causas que a levam a procurar este tipo de tratamentos.
Publicado por: Catarina
Vilhena
Segunda - feira, 21 de Outubro
Procedimentos para a realização do tratamento de Fecundação in Vitro:
- Avaliação personalizada da paciente: É efetuado um diagnóstico personalizado à paciente com a finalidade de escolher o tratamento mais indicado para esta, tendo em conta o problema de infertilidade em causa. Para tal, os pacientes são examinados em vários parâmetros, desde os seus antecedentes familiares, ao índice de massa corporal, à reserva ovariana, etc.
- Estimulação ovariana: Este procedimento consiste na estimulação do ovário
(gónada feminino) para que produza uma maior quantidade de óvulos (gâmeta
feminino) e assim se possa obter um maior número de embriões. Durante o
tratamento, que tem duração de 12 a 20 dias são realizadas ecografias, com a
finalidade de verificar a evolução folicular. Para a estimulação dos ovários são utilizados
medicamentos com citranato de clomifeno ou caso este não funcione, são
utilizados outros medicamentos que contêm gonadoestimulinas (hormonas hipofisárias
– FSH e LH).
·
Estimulação com
Citrato de Clomifeno:
A estimulação com este medicamento é em caso de a infertilidade do casal
ser devida a problemas ovulatórios da mulher (tendo esta menos de 40 anos), sendo
o Homem um parceiro fértil. Utiliza-se para fazer
com que os ovários produzam folículos (local no ovário que contém os óvulos)
que consequentemente vão originar mais óvulos. Isto acontece porque no ciclo
ovárico a concentração de estrogénios está relacionada com o crescimenos
folicular, ou seja, à medida que se dá a evolução folicular (crescimento
folicular) aumenta a produção de estrogénios (hormona feminina).
·
Estimulação com
gonadoestimulinas (FSH e LH):
A estimulação com estas hormonas é através de um outro medicamento. Este é
utilizado porque estas atuam diretamente nos ovários, promovendo a evolução
folicular e consequentemente a produção de óvulos.
- Punção folicular: Após a realização da ecografia, se se verificar que os folículos alcançaram a dimensão adequada e que já existe um
número considerável de óvulos, é programada uma punção folicular, 36 horas após
a admistração da hormona HCG, que induz a maturação ovárica final. A punção
(Introdução de um instrumento ponteagudo na cavidade uterina que permite a
recolha dos óvulos) demora apenas 10 – 15 minutos e sob anestesia.
- Inseminação dos óvulos: Na posse dos óvulos recolhidos na
etapa anterior e dos espermatozóides recolhidos através do homem, procede – se à inseminação dos óvulos. Nesta fase do procedimento pode acontecer que seja
realizada a FIV convencional ou a ICSI. No caso da primeira o óvulo e os
espermatozóides são colocados num mesmo meio de cultura, onde apenas um gâmeta masculino vai penetrar no interior do óvulo maduro. No caso da fertilização ICSI,
é utilizado um único espermatozóide para cada óvulo, uma vez que o primeiro é
colocado diretamente no interior do oócito II. Após a penetração do espermatozóide
na membrana do oócito II, ocorre a fusão das membranas dos dois gâmetas. Seguem
se então as consequências dessa mesma fusão que vão conduzir à fecundação destes.
Assim, que entra um espermatozóide no interior do oócito II a zona pelúcida
torna se mais resistente para evitar polispermia (entrada de mais do que um espermatozoide no interior do oócito II). De seguida o espermatozóide entra
por completo no interior do óvulo, dando se a finalização da segunda divisão
meiótica do oócito II com a formação do pronúcleo feminino e do 2º
glóbulo polar. Logo a seguir, forma se o pronúcleo masculino, terminando assim este processo com a migração de ambos os pronúcleos para o centro do oócito
II acabando estes por se fundir e originar um núcleo diplóide que irá originar
um embrião.
Fecundação in vitro http://www.ipgo.com.br/transferencia-de-embrioes/ |
- Cultivo embrionário em laboratório: Os embriões são observados no laboratório dia após dia, e são classificados de acordo com a sua morfologia e capacidade de divisão. Alguns embriões podem chegar a bloquear o seu desenvolvimento, e serão excluídos por serem considerados inviáveis.
- Transferência embrionária: Consiste na introdução dos melhores
embriões no interior do útero.
Pontos a seguir na introdução dos embriões no interior da cavidade uterina:
- Verificar eventuais irregularidades, imperfeições ou estreitamentos do cólo uterino;
- Lavagem do cólo do útero com meio de cultura;
- Com a utilização de instrumentos adequados, são colocados os embriões no centro do endométrio.
- Para finalizar é verificada a presença de embriões que possam ter ficado retidos na seringa e possíveis vestígios de sangue e muco.
- Vitrificação dos restantes embriões: Frequentemente, nos
ciclos de FIV e ICSI, é produzido um grande número de embriões que geralmente
não são todos utilizados, uma vez que existe um limite de quatro embriões para implantar. Assim, os embriões excedentes, que manteem um bom potencial
de desenvolvimento, poderão ser congelados, para uma futura utilização. Estes
embriões contribuem de certo modo para uma gestação saudável, pois com estes não há a necessidade de repetir um novo ciclo de tratamento de FIV ou ICSI,
minimizando certos aspectos nomeadamente o aspecto económico. Estes embriões
após o descongelamento são transferidos para o útero da paciente que se
encontra num ciclo natural, com utilização de poucas quantidades de fármacos.
- Teste de gravidez: 2 semanas após a transferência embrionária, a paciente deve realizar um teste de gravidez, para
confirmar se conseguiu engravidar e para quantificar a hormona HCG no sangue.
Se o resultado do teste for positivo, então a futura mãe deverá realizar uma ecografia, uma
semana a seguir à realização do teste, com o objetivo de visualizar o útero.
http://www.ipgo.com.br/transferencia-de-embrioes/
http://www.medicinareprodutiva.com.br/fertilizacao-in-vitro-convencional-fiv/
http://www.ferticentro.pt/pt/tratamentos/inseminacao_intrauterina.aspx
Publicado por: Catarina Vilhena
Terça - feira, 22 de Outubro
Sugestões de vídeos:
Para ajudar a clarificar as ideias relativamente ao tema abordado neste separador - 'Fecundação in Vitro', sugiro a visualização destes dois vídeos bastante interessantes e esclarecedores. Através destes poderão ver como se realiza o processo no útero e como tudo é tratado e executado no laboratório.
Animação em 3D - 'Fecundação in Vitro'
'Fecundação in Vitro' no laboratório
Publicado por: Catarina Vilhena
Sexta - feira, 25 de Outubro
1. É necessária a admistração de medicação específica?
Sexta - feira, 25 de Outubro
Perguntas frequentes acerca da Fecundação in Vitro
1. É necessária a admistração de medicação específica?
No
início do tratamento são admistradas hormonas para estimular a produção de uma
maior quantidade de óvulos.
2. Quais os exames pré – tratamentos?
Visualização do bebé através de ultra som http://www.fetalmed.net/item/o-que-e-ultrassom-3d-ou-4d.html |
Antes de iniciar o tratamento o casal deve fazer exames para detetar qual o seu caso de infertilidade e em que consiste. Estes exames incluem ultrassom, avaliação hormonal, avaliação das trompas de falópio e do esperma. Para, além disso, devem ser ainda realizados exames de HIV, Hepatite B e C, HTLV (vírus pertencente à mesma família que o HIV), Sífilis e Rubéola.
3. Quanto tempo, após tentativas tradicionais para engravidar é necessário esperar para recorrer ao tratamento de FIV?
Os especialistas recomendam que se após um ano de tentativas não der resultado, ai sim podem recorrer ao tratamento. Em casos, em que a mulher tenha mais de 35 anos ou que o casal apresente fatores que demonstrem a dificuldade na fertilização, a intervenção com o tratamento pode ser feita após seis meses.
4. Quais os efeitos colaterais resultantes do tratamento?
· Efeitos mais frequentes: Inchaço que pode conduzir ao aumento do peso (até aos dois quilos);
· Efeitos pouco comuns: Dores de cabeça, desconforto abdominal, mudanças de apetite ou mudanças de humor.
· Efeitos raros: Trombose, sangramentos intensos e infeções.
5.
Qual a duração do tratamento?
Os tratamentos duram em média 20 dias por cada tentativa.
6. É possível na menopausa fazer o tratamento de fecundação in vitro?
Não. A partir do momento em que a mulher entra na menopausa a quantidade de folículos esgota – se o que implica que não haja mais produção de óvulos. Neste caso, a mulher pode optar por utilizar óvulos de outra mulher e ai sim, pode ser realizado o tratamento de fecundação in vitro.
7.
Existem diferenças entre a gravidez por
FIV e a gravidez tradicional?
Até ás oito semanas de gestação de FIV são
admistradas hormonas que não são comuns à gestação natural. Após esse período
de tempo a gravidez de FIV decorre com a mesma naturalidade que uma gravidez
normal.
8.
Quais os riscos que afetam o bebé resultante de fecundação in vitro?
Estudos
realizados apontam para um aumento significativo do risco de defeitos
congénitos em bebés em comparação com os nascidos de forma natural. Nesses
defeitos destacam – se a malformação nos olhos, defeitos no coração e no
sistema – urinário. Sendo que estes dois últimos têm uma percentagem mínima de
ocorrer.
9.
A mulher pode seguir uma rotina normal
durante o tratamento?
Seja qual for o caso de gravidez, não são
indicadas a prática do desporto que não seja adequado à gravidez, uma
alimentação desequilibrada e o consumo de bebidas alcoólicas consumo de tabaco
e drogas.
10. O casal
pode ter relações sexuais durante o tratamento de fecundação in vitro?
Sim, devendo ter precaução dias antes da recolha
do esperma.
11. Qual a probabilidade de sucesso da FIV?
A probabilidade média de sucesso é de 40%. Podendo esta variar consoante a
idade da mulher e a causa da fertilidade.
Netgrafia:
http://www.minhavida.com.br/familia/materias/14424-tire-13-duvidas-sobre-a-fertilizacao-in-vitro
Publicado por: Catarina Vilhena
Quinta - feira, 21 de Outubro
Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida
Publicado por: Catarina Vilhena
Quinta - feira, 21 de Outubro
Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida
Neste site poderão obter informação acerca do tema de reprodução medicamente assistida, desde os preços, a condições e profissionais de saúde qualificados.
http://www.cnpma.org.pt/legislacao_contexto.aspx
http://www.cnpma.org.pt/legislacao_contexto.aspx
cnpma |
Netgrafia:
Publicado por: Catarina Vilhena
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